sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Palavras de mim!

"As palavras que dizes, tuas já não são,
e sim daqueles que as ouvirão.
Falar é um ato de doação,
muitas vezes sem chance de dizer não.
Pois então! Ao se doar,
e se de ar as palavras forem,
se ao voar em meio as dores,
e se de flores as asas forem,
as pétalas, de sílabas,
as frases vorazes, de olhos e olhares,
se vão, se vem,
se não, se tem,
os prazeres, os dizeres que vão de trem,
que seguem a linha, que fecham a minha,
que mal se veêm.
Escuta!
De volta também a luta,
que sendo assim,
o que tem de mim,
vai além do sim!"

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pai, filhos!

A tempos que quero escrever algo sobre ser Pai, mas falar sobre isso, é abrir uma mala velha cheia de roupas novas. É impossivel falar sobre ser pai, sem lembrar que já fui filho!

E ser Pai está sendo muito melhor do que ter sido filho.

Não existe nada capaz de ser comparado ao amor despertado pelo filho que te olha, e vê muito mais do que uma pessoa.

Ver o seu reflexo no olhar dos seus filhos, é uma experiência tão especial, que não se tem vontade de descrevê-la, a vontade é de que todos pudessem passar por isso.

O olhar do filho busca no pai, o que o olhar do pai entrega ao filho.

Mas eu não lembro do olhar do meu pai, me lembro dos olhos e da expressão,... mas não do olhar, me lembro de buscar nele o que ele tinha pra mim, e me lembro da espera por algo que nunca veio, me lembro da preocupação, mas não lembro do abraço!

Me lembro do medo maior do que as vontades, me lembro da voz.

Me lembro das frases, mas não me recordo da mensagem.

Me lembro do convivio, mas não do contato.

Fui fã do meu pai como se é fã de um idolo ao qual não temos acesso, não o conheci por ele mesmo, por isso quero conhecer bem os meus filhos e que eles me conheçam através de mim e não pelas histórias que lhes contarem.

Quero ser pra eles uma realidade sentida, e não uma história ouvida,

Tenho saudade do meu pai, mas ainda não perdi a mania de ter saudade das coisas que eu não conheço.

Coisas da vida!

O que me assusta não são as mudanças em si, já que pra melhorar tem que mudar, e nem as novidades que chegam, mas sim o valores que vão embora. Aquilo que era bom e que será substituído. Não é apego nem insegurança, é um gostar puramente humano, destes que todos temos.

Mesmo entendendo que as mudanças são necessárias, é sempre frustrante o tempo todo lembrar, que a satisfação não é um sentimento definido, é um sentimento relativo, e que as pessoas não entendem a si mesmos, correm a procura de algo que não sabem o que é, apenas sentem que não tem, e quando se está a procura de algo que não se conhece, geralmente não se encontra nada, apenas se é encontrado.

A procura por algo melhor me parece uma procura eterna, ou pelo menos sem um final pleno, perde-se o valor do que se conquistou, ao comtemplar o que não se tem...

Mas a vida é assim, não se vive sozinho, não é possivel controlar os outros, então não adianta muito saber sobre o que não se pode controlar. No final todos somos iguais, já que sabendo ou não, você sentirá, e quando descobrir o motivo desta existência, descobrirá que será tarde demais, e que você devia ter confiado no seu coração. VIVA! e SINTA enquanto pode, cada momento acontece apenas uma vez... faça-o melhor e tambem o seguinte. Sinta por si, não deixe que sintam por você, o que você sente é só seu, mesmo que você não queira, é seu! Portanto cuide do que é seu.

"Pedir é não ter certeza da generosidade."

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Post que eu não tinha colocado!

O Sampa Dança por trás da Dança

junho 14, 2010
por sampadanca2010

Muito mais do que oficinas, bailes, palestras, apresentações e relacionamentos. Como se não bastasse o que é óbvio, o Sampa Dança traz também o não óbvio, carrega em sua essência o vírus primordial da realização, a “ação”. Dizer que não é fácil realizar um evento deste porte seria lógico demais pra ser colocado em outra frase, “Pergunte pro Andrei e toda a sua equipe!”. Mas pergunte também se vale a pena e terá outra resposta óbvia, aliás, toda ação feita com paixão vale a pena, estou certo que não sou o único apaixonado pelo evento, visto o grande número de participantes, diga-se de passagem, satisfeitos!

Todos os participantes deixaram (com prazer ou com pesar) os seus lares e a companhia dos parentes durante um feriado (emendado para alguns) para participar, não importa como ou quanto, de um evento sem igual! Desnecessário falar das qualificações dos profissionais, mas absolutamente encantador vê-los de frente uns para os outros, confraternizando o melhor da dança: “o ato de dançar”.

A própria ação de dançar tem o poder de causar uma reação clara e nítida, basta imaginar todas aquelas pessoas trocando informações, e o mais lindo, usando e aplicando o que aprendeu e passando para os seus alunos e amigos, isso é a magia da construção, é muito prazeroso ver e ajudar a construir a dança do nosso tempo, com tudo que é tradicional do lado de tudo aquilo que é novo, e participando cada qual faz sua parte para uma evolução melhor.

Depoimento do participante Luis S. Castelã sobre o Sampa Dança 2010.