segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pai, filhos!

A tempos que quero escrever algo sobre ser Pai, mas falar sobre isso, é abrir uma mala velha cheia de roupas novas. É impossivel falar sobre ser pai, sem lembrar que já fui filho!

E ser Pai está sendo muito melhor do que ter sido filho.

Não existe nada capaz de ser comparado ao amor despertado pelo filho que te olha, e vê muito mais do que uma pessoa.

Ver o seu reflexo no olhar dos seus filhos, é uma experiência tão especial, que não se tem vontade de descrevê-la, a vontade é de que todos pudessem passar por isso.

O olhar do filho busca no pai, o que o olhar do pai entrega ao filho.

Mas eu não lembro do olhar do meu pai, me lembro dos olhos e da expressão,... mas não do olhar, me lembro de buscar nele o que ele tinha pra mim, e me lembro da espera por algo que nunca veio, me lembro da preocupação, mas não lembro do abraço!

Me lembro do medo maior do que as vontades, me lembro da voz.

Me lembro das frases, mas não me recordo da mensagem.

Me lembro do convivio, mas não do contato.

Fui fã do meu pai como se é fã de um idolo ao qual não temos acesso, não o conheci por ele mesmo, por isso quero conhecer bem os meus filhos e que eles me conheçam através de mim e não pelas histórias que lhes contarem.

Quero ser pra eles uma realidade sentida, e não uma história ouvida,

Tenho saudade do meu pai, mas ainda não perdi a mania de ter saudade das coisas que eu não conheço.

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